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9 dicas para ajudar a lidar com birras

Por Helena Martinelli, psicóloga infantil da nossa equipe


A birra pode aparecer na forma de diversas atitudes das crianças: gritos, choros, criança se jogando no chão, atirando objetos próximos, entre outras atitudes.


Se uma birra de criança já é bastante desconfortável quando estamos sozinhos em casa com as crianças, imagina quando ela acontece na frente de família, amigos, e até de desconhecidos...


A pergunta que fica para os pais é: como devemos proceder quando as birras infantis acontecem?


A psicóloga Helena Martinelli preparou nove dicas para ajudar os pais a lidar com as birras dos seus filhos.


1) Em primeiro lugar, lembre-se que uma criança é um organismo que ainda não está maduro e que lidar com frustrações é difícil até para quem já é adulto;


2) Esteja atento(a) a fatores que podem aumentar a incidência de crises de birra (sono, fome, cansaço, dor, febre) e evite determinadas atividades caso estejam presentes;


3) Faça combinados! Antes de sair com sua criança para um ambiente que exige um padrão de comportamento diferenciado ou oferece muitas tentações (shopping, super mercado, etc.), converse sobre o que você espera dela de maneira objetiva. Apresente os "podes" e os "não podes", planeje um roteiro e antecipe seus maiores obstáculos;


4) Crianças maiores já têm condições de entender e planejar estratégias para voltar à calma em situações difíceis. Em um momento de tranquilidade, ajude seu filho a escolher o que fazer nestes casos (beber água, prestar atenção na respiração, ouvir sua música preferida). Não deixe de falar sobre o que costuma funcionar para você;


5) Quando você está muito nervoso(a), irado(a), fora de si e alguém te pede para ficar calmo(a), você fica? Pois é, seu filho também não vai ficar. Entenda que um episódio de grande desregulação emocional não é o melhor momento para o diálogo. Leve a criança para um ambiente mais calmo e isolado se for preciso e espere ela se acalmar um pouco antes de tentar conversar. Com crianças pequenas, mudar o foco da atenção costuma funcionar;


6) Chegada a hora da conversa, tente validar o que seu filho sentiu ("entendi que você queria muito ir ao gamestation, é mesmo muito divertido lá"), mas não valide a birra ("gritar e chorar não te ajuda a conseguir o que você quer, só faz a tristeza e a raiva crescerem"). É essencial, neste momento, comportar-se como um modelo de enfrentamento de emoções desagradáveis e não se exaltar, mantendo um tom de voz tranquilo e firme;


7) Evite ceder à birras. Fazer o que a criança quer em uma situação como estas é ensiná-la a agir da mesma maneira no futuro. Seja consistente com os combinados e regras da família;


8) Lembre-se que uma criança que apresenta comportamento de birra não é necessariamente "mal criada" ou "mal educada", independentemente dos olhares e palpites de quem assiste. A educação é um processo, não um momento;


9) Caso os episódios de birra sejam frequentes e muito intensos, procure um psicólogo infantil. Ele pode ajudar sua família a entender melhor os fatores envolvidos e a desenvolver estratégias mais eficazes.

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